Renata Tranches
postado em 07/03/2013 06:01
Enquanto o mundo católico aguarda ansioso a escolha do novo papa, o Vaticano pregou o silêncio ontem em Roma. As coletivas diárias dos cardeais norte-americanos, paralelas às da imprensa oficial da Santa Sé, foram proibidas, e o camerlengo Tarcisio Bertone pediu aos cardeais que ;respeitem seu voto de silêncio;. Ao mesmo tempo, os religiosos reunidos em Roma, inclusive brasileiros, continuam a pressionar por mais informações sobre documentos secretos ligados ao escândalo do Vatileaks. Ao fim da quarta reunião preparatória, chamada Congregação Geral, a data para o início do conclave, mais uma vez, não foi anunciada.
As conversas diárias dos cardeais dos Estados Unidos após os encontros em Roma com a imprensa parecem não ter agradado ao Vaticano. O evento programado para a manhã de ontem foi cancelado. Segundo um comunicado oficial do prelado dos EUA, uma preocupação emergiu na Congregação Geral sobre vazamentos de processos sigilosos noticiados em jornais italianos. ;Os cardeais concordaram em não conceder entrevistas;, indicou o texto. O jornal italiano La Stampa, em seu canal exclusivo Vatican Insider, escreveu que o presidente da comunicação oficial da Santa Sé, padre Federico Lombardi, parecia irritado com as coletivas não oficiais e foi ;seco; ao ser questionado sobre o fato. ;Pergunte a eles (americanos);, respondeu o padre.