Novo Papa

Mesmo decepcionados, brasileiros saúdam o papa argentino Francisco I

A arquidiocese de São Paulo, dirigida por Odilo Scherer, manifestou sua "alegria" pela designação de um novo papa proveniente da América Latina pela primeira vez na história

Agência France-Presse
postado em 13/03/2013 18:16
São Paulo - Com uma ponta de decepção, dezenas de brasileiros que foram nesta quarta-feira (13/3) à catedral metropolitana de São Paulo com a esperança de que o arcebispo Odilo Scherer fosse eleito papa celebraram o primeiro pontífice latino-americano, o . "Queríamos um Papa brasileiro, mas os argentinos são irmãos, vizinhos. Está tudo bem", disse Rosivaldo dos Santos, de 38 anos, na Catedral de Sé.

A arquidiocese de São Paulo, dirigida por Scherer, manifestou sua "alegria" pela designação de um novo Papa proveniente da América Latina pela primeira vez na história. "Cantamos um hino de louvor a Deus também porque em seus desígnios quis que à frente da Igreja estivesse um Papa latino-americano", indicou a arquidiocese em um comunicado distribuído a jornalistas na sede da Cúria de São Paulo.


[SAIBAMAIS]Scherer, de 63 anos, um brasileiro neto de alemães e arcebispo de São Paulo, maior diocese do Brasil com seis milhões de fiéis, era um dos favoritos para se tornar papa. "A arquidiocese de São Paulo -seus bispos, padres, seminaristas, religiosos e fiéis leigos- se alegra com a eleição do novo Papa e proclama sua total e plena obediência ao Santo Padre", acrescentou a instituição.

"Eu queria um papa brasileiro. Sou de São Paulo, queria que dom Odilo fosse papa. Sempre vou à missa com ele aos domingos. Não vejo problema que seja um argentino, mas queria um brasileiro", ressaltou Francisco Pires, de 61 anos. "Tínhamos a expectativa de que fosse brasileiro. Mas é o representante máximo de Jesus na Terra e o aceitamos, damos a ele as boas-vindas", ressaltou Maria Dias, de 49 anos.

A Conferência de Bispos do Brasil também celebrou nesta quarta a escolha de Bergoglio como primeiro Papa latino-americano, nascido no "continente da esperança". A CNBB considerou que a eleição de um Papa argentino "revigora" a Igreja. "Podemos esperar muito pelo fato de ser um latino-americano", disse em uma entrevista coletiva à imprensa o secretário-geral da CNBB, Leonardo Ulrich Steiner.

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