Em um encontro com a imprensa, na manhã deste sábado (16/3), o papa Francisco explicou que escolheu seu nome de líder da Igreja Católica após falar com o cardeal brasileiro Dom Claudio Hummes - arcebispo emérito de São Paulo, que participou do conclave que elegeu o novo Papa. A coletiva foi na sala Paulo VI, no Vaticano.
Segundo o papa, no momento da eleição, ele estava ao lado do arcebispo emérito de São Paulo, um grande amigo dele. "Quando a coisa estava ficando um pouco perigosa, ele me reconfortava. E quando os votos alcançaram os dois terços os aplausos chegaram, ele me abraçou, deu um beijo e disse: ;Não te esqueças dos pobres;", declarou o novo pontífice.
[SAIBAMAIS]Em uma audiência de 30 minutos, o primeiro Papa jesuíta da Igreja Católica também recordou que a instituição, desacreditada por vários escândalos, não tem "uma natureza política, e sim espiritual". "A Igreja é uma instituição humana, histórica, com tudo o que comporta, mas não tem uma natureza política, e sim essencialmente espiritual", explicou o pontífice em um discurso interrompido em vários momentos pelos aplausos. "É o povo de Deus, o santo povo de Deus, que caminha para o encontro com Jesus Cristo", destacou.
Também contou que, após sua eleição, recebeu a sugestão de utilizar o nome de Clemente XV, já que o Papa Clemente XIV expulsou os jesuítas no fim do século XVIII. Um cardeal propôs o nome de Adriano, em referência a um Papa que foi um grande reformista.
Na audiência com os jornalistas, uma tradição nos últimos papados após a eleição de um novo pontífice, Francisco agradeceu o trabalho dos milhares de jornalistas enviados ao Vaticano desde a renúncia de Bento XVI, no dia 28 de fevereiro. "Vocês têm trabalho muito, verdade?", perguntou aos jornalistas, muitos acompanhados por suas famílias, que lotaram a Sala Paulo VI.
Após o discurso, saudou todos os funcionários dos serviços de comunicação do Vaticano, em especial o padre Federico Lombardi, o porta-voz da Santa Sé e o rosto mais visível da Igreja desde a renúncia de Bento XVI. Quase 5.600 periodistas estavam credenciados para a cobertura do conclave que terminou com a eleição de Francisco.
Confira vídeo do enviado especial do Correio Braziliense
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Com informações da France Press