postado em 24/01/2013 06:03
Maria Raimunda dos Reis, 30 anos, acaba de abrir uma pastelaria na parte da frente da casa dela, no Sol Nascente, a segunda maior favela do Brasil, localizada na região de Ceilândia. Não é algo que pretendia fazer há alguns meses, quando trabalhava como gari. ;Me vi obrigada a montar o negócio;, contou ela. Foi o único jeito de ficar por perto da filha de 4 anos, para quem não conseguiu vaga em creche ou escola ; os outros três, entre 2 e 12 anos, estão matriculados.
A renda de Raimunda com a pastelaria ultrapassa R$ 1 mil, maior do que os R$ 800 que recebia com a carteira assinada. Mas sobra só a metade do que entra depois de pagar pontualmente a prestação de uma financeira, com quem tomou R$ 3.000 emprestados para construir o cômodo em que instalou a pastelaria, comprar o equipamento para fritar, uma geladeira e o estoque dos outros produtos que vende: chocolate, balas, cerveja e cachaça. Mas a empresária não desanima. ;Daqui um ano, isto aqui vai estar muito melhor. Quero parar de vender pinga quando puder me manter com o resto;, contou. Tem planos também de regularizar o empreendimento, hoje informal.