postado em 07/12/2012 08:11
O arquiteto, o comunista, o artista, o compositor, o revolucionário: todas as vertentes de Oscar Niemeyer foram lembradas pelos cidadãos e por autoridades que participaram de seu velório. Carregando fotos ou cartazes nas mãos ou em um respeitoso silêncio, todos exaltavam a importância do responsável pelos grandes monumentos da capital federal. No caixão, Niemeyer estava vestido com uma camisa listrada e um paletó com uma grande abotoadura. Mas a última imagem que ficará para os que participaram do velório não será essa. Os admiradores de Oscar e aqueles que conviveram com ele vão se recordar para sempre de sua mente criativa, de seus ideais de igualdade e de sua obra genial.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, lamentou não ter convivido mais com Niemeyer depois de conhecê-lo no metrô de Londres, no final da década de 1960, quando trabalhava na capital inglesa. O ministro qualificou o arquiteto como ;parte essencial do panteão dos heróis nacionais;. ;Ele é uma unanimidade nacional;, disse. Aldo Rebelo, ministro do Esporte, afirmou que Niemeyer ajudou a revolucionar a arquitetura do Brasil, mas apontou uma lacuna, pelo fato de o arquiteto nunca ter projetado um estádio de futebol. Rebelo lembrou que Niemeyer chegou a desenhar um projeto para o Maracanã, no Rio de Janeiro, que não foi aprovado.