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"Nada acontecia sem consentimento de José Dirceu", diz procurador-geral

Ana Maria Campos
postado em 03/08/2012 15:23
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, concentra a acusação sobre a atuação de José Dirceu no mensalão. Fazendo a sustentação oral da acusação, ele cita trechos dos depoimentos de Roberto Jefferson e Marcos Valério em que afirmaram que Dirceu tinha um papel de "liderança" do mensalão. Ressaltou que tudo era feito com o conhecimento do ex-ministro da Casa Civil.



Para a PGR, Dirceu era o chefe da quadrilha, protagonista, mentor. ;Comandou a ação. Mas como todo chefe do crime organizado não deixou rastros;, disse Gurgel. No início da leitura, Gurgel disse que cinco horas não seriam suficientes para detalhar o envolvimento dos 36 acusados que o MP quer condenar. Seriam oito miutos, em média, para cada réu. No entanto, só para falar de Dirceu usou mais de 20 minutos.

;O grande mentor;

[SAIBAMAIS] Para Gurgel, Dirceu tinha conhecimento de todos os acordos para composição da base aliada no Congresso Nacional. ;Nada, absolutamente nada, acontecia sem consentimento de José Dirceu;, disse Gurgel. Ressaltou também que os acordos eram comprados por intermédios de recursos financeiros do Banco Rural. ;o crime era praticado e engendrado dentro de quatro paredes do Palácio da Presidência da República. Daí a dificuldade de provas materiais;.

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