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Defesa tem "versões inusitadas, esdrúxulas e esfarrapadas", diz Gurgel

Ana Maria Campos
postado em 03/08/2012 19:28
Durante a sustentação da acusação, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, se antecipou às tentativas da defesa dos réus do mensalão de tentar desclassificar as acusações que pesam contra eles. Gurgel afirmou que, sobre tais argumentos, há ;versões inusitadas, esdrúxulas e esfarrapadas". O representante da PGR já fala por mais de quatro horas e, nesta segunda fase da leitura, abordou a participação de sobre o envolvimento de Roberto Jefferson com o mensalão. Foi o ex-parlamentar quem denunciou a existência do mensalão e que, em 2003, assumiu a presidência do Partido Trabalhista Brasileiro. Segundo o PGR, Jefferson recebeu R$ 4,5 milhões para garantir integração do partido à base do governo. ;Os pagamentos foram feitos em dinheiro, por Marcos Valério, em espécie, na sede do PTB em Brasília;, disse Gurgel. Jefferson recebeu o mensalão por meio de contatos com o deputado federal Romeu Queiróz e Anderson Adauto, ex-ministro dos Transportes. Desvio milionário do BB [SAIBAMAIS]Outro ponto em destaque na fala de Gurgel, foi que a empresa de Valério prestou serviços ao Banco do Brasil por 10 anos. ;O desvio do Banco do Brasil foi de R$ 2.923.686,15;, disse Gurgel, diante do contrato de publicidade entre a DNA Propaganda e o banco. Tanto o banco quanto o publicitário afirmaram que não havia contratos formais em relação ao fundo de incentivo Visanet, diz o procurador-geral. Henrique Pizzolato, diretor de marketing do BB na época, "assinou pessoalmente a transferência de fundos" às agências sem a realização dos serviços.

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