postado em 05/08/2012 09:19
Um dos maiores julgamentos da história do Supremo Tribunal Federal (STF) reproduz nos bastidores a grandiosidade da estrutura montada na Corte para decidir o futuro dos 38 réus do mensalão. São mais de 2,4 milhões de folhas que municiam os 76 profissionais do direito escalados para acompanhar a semana de sessões no Supremo. Cada cópia da ação penal tem 50.661 folhas, 236 volumes e 500 apensos.[SAIBAMAIS]Os escritórios maiores destacaram equipe de 10 a 15 pessoas, entre advogados, assessores e secretários, para acompanhar os desdobramentos do julgamento. Os de menos porte trabalham com pelo menos dois advogados, que ficarão todos os dias úteis na capital, retornando a seus estados de origem nos fins de semana. Durante agosto, a despesa dos defensores do mensalão com diárias, alimentação e passagens aéreas atingirá a marca de R$ 2 milhões, cerca de metade dos recursos considerados irregulares recebidos pelo empresário Marcos Valério a título de bônus-volume. Segundo a denúncia do Ministério Público, ele teria se apropriado indevidamente de R$ 4,4 milhões, uma espécie de sobra de negociações em um contrato com o Banco do Brasil. O montante estimado em honorários dos escritórios que representam os 38 réus, R$ 30 milhões, também se aproxima da metade da cifra dos empréstimos suspeitos entre bancos ligados a Valério e o PT, estimada em R$ 64 milhões.
De estrelas do direito a escritórios de médio porte e um defensor público %u2014 o representante do réu Carlos Alberto Quaglia %u2014, repúblicas de advogados se formam nos hotéis de Brasília. No Setor Hoteleiro Sul, o Naoum e o Meliá são os mais procurados.
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