Ressaltanto a folha de serviços prestados ao país por José Dirceu, o advogado José Luís Oliveira Lima, que defende o ex-ministro, abriu a defesa dos cinco réus que serão ouvidos nesta segunda-feira (6/8), no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele começou o discurso dizendo que o processo do mensalão não tem raça, não tem cor, nem partidos políticos. Ressaltou que a pede a absolvição do cliente dele, não pelos méritos que ele teve ao longo da vida, mas ;com base nos autos, no que consta na Ação Penal 470;.
[SAIBAMAIS]Sustentando que Dirceu não é o chefe da quadrilha, José Luiz criticou o Ministério Público Federal e disse que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não levou em consideração os 600 depoimentos, que não comprovam a ligação dele com o caso. "Meu cliente não é quadrilheiro. Não é chefe de uma organização criminosa e quem diz isso são os autos", disse. Ressaltou, no entanto, que iria embasar a defesa de acordo com as leis do país. ;A defesa será escrava da Constituição Federal;, disse.
O advogado rebateu ponto a ponto as acusações do MP e disse que Dirceu tenha sido talvez um dos homens mais investigados nos últimos cinco anos, tendo sigilos quebrados e ;absolutamente nada provou ou comprovou; a relação entre ele e o empresário Marcos Valério. Disse também que Roberto Jefferson, que delatou a existência do esquema, é um ;homem eloquente, que conseguiu fazer um bom teatro". "Todas as acusações que Roberto Jefferson fez contra o meu cliente a prova destruiu".
José Luiz finalizou a defesa de Dirceu às 15h15 ressaltando novamente que pede a absolvição não pela carreira do cliente, mas ;por que ele é inocente;. "O pedido de condenação de José Dirceu é o mais atrevido e escandaloso ataque a Constituição Federal", diz Juca antes de encerrar a fala, parafraseando a frase citada por Gurgel na sustentação da acusação.
Com informações de Ana Maria Campos e Diego Abreu