postado em 07/08/2012 18:36
Com um documento de 225 páginas, o advogado José Carlos Dias é o último a fazer a sustentação da defesa na sessão desta terça-feira (7/8) que julga a Ação Penal 470, o mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele representa a ex-presidente e atual acionista do Banco Rural, Kátia Rabello. Ela é acusada de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta. Segundo a investigação, o banco controlado por ela serviu como braço financeiro do esquema do mensalão, em troca de favores do governo.Segundo José Carlos, Kátia Rabello é uma mulher inteligente que procurou se preparar para ser banqueira, mas não era vocacionada pra isso. ;É bailarina, tinha uma escola de dança para crianças. Ela é uma artista. O que acontece é que sua irmã, que havia sido preparada pelo pai para ser banqueira, falece em um desastre de helicóptero;. Alegou também que a cliente dele é julgada pelo país inteiro como quadrilheira sendo inocente. ;É uma quadrilha entre os quadrilheiros que não se conhecem, nunca se reuniram, jamais se juntaram;
Sobre a acusação de que o banco não informava os saques supostamente ilegais para lavar o dinheiro, a defesa disse que todas operações de saque acima de R$ 100 mil foram comunicadas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). "Se o Coaf jamais questionou tais operações, não é razoável transferir essa responsabilidade para os administradores do Banco Rural", alegou.
Ele também rebateu outro ponto levantado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de que o Banco Rural nunca teria apresentado os documentos e que as provas foram obtidas através de mandados de busca e apreensão. Segundo José Carlos, a ex-presidente do Banco Rural disse que eles foram entregues à polícia e cita um texto do delegado sobre o caso. ;O Banco Rural foi vítima de sua própria transparência;