postado em 08/08/2012 14:31
O terceiro dia da sustentação das defesas dos réus da Ação Penal 470, o mensalão, começou às 14h28 desta quarta-feira (8/8), no Supremo Tribunal Federal (STF). Em sessão dedicada a ouvir os acusados ligados ao Banco Rural, o primeiro a apresentar considerações é Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça. Ele representa José Roberto Salgado, ex-dirigente do Banco Rural, que responde pelos crimes de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas.
[SAIBAMAIS]Seguindo a mesma linha das demais defesas, Bastos também rebate em sua argumentação alguns pontos apresentados pelo relatório do Ministério Público Federal (MPF), os quais classificou de ;equívocos;. Ao classificar de inconsistente o depoimento da testemunha de acusação Carlos Godinho, ele ressaltou que 30 testemunhas de acusação prestaram depoimento, mas só uma citou José Roberto Salgado. Somente Godinho, ex-funcionário de terceiro escalão do Banco Rural, que deu entrevistas e "lançou intrigas e fofocas". Afirmou que o réu não teve nenhuma participação da concessão dos empréstimos ou da distribuição de dinheiro em espécie.
Na análise dos extratos bancários e do relatório do Banco Rural, segundo o texto da sustentação de Bastos, foram identificadas diversas operações de crédito celebradas entre a SMP e a Graffiti Participações junto ao banco. Sob o ponto de vista formal as operações são verdadeiras, confirmando a tranferência de recursos. ;Insiste o MPF na tese de que os empréstimos seriam ;fictícios;;
Segundo ele, Roberto Salgado não teve participação nos empréstimos às empresas de Marcos Valério e nem ao PT. De acordo com Thomaz Bastos, na época dos três empréstimos, tomados em 2003, Salgado ocupava cargo na área internacional do banco e só passou a atuar diretamente no setor de concessão de créditos em 2004. Ele informou que a pessoa responsável pelas operações em 2003 era o então vice-presidente José Augusto Dumont, que morreu em um acidente de carro em 2004.
Com informações da Agência Brasil