postado em 08/08/2012 16:50
Seguindo o cronograma do Supremo Tribunal Federal (STF), o terceiro advogado a ser ouvido nesta quarta-feira (8/8), na sessão do julgamento da Ação Penal 470, o mensalão, é Antônio Cláudio Mariz de Oliveira. Ele subiu à tribuna para defender a ex-diretora do Banco Rural, Ayanna Tenório. Ela é acusada de liberar empréstimos fraudulentos para as empresas de Marcos Valério, abastecendo o esquema criminoso.
Defendendo a inocência da cliente, Mariz de Oliveira disse que a acusação não apresentou nenhuma prova do envolvimento dela no mensalão, sendo impossível para ele trabalhar em contraprovas. "Nenhuma conduta é imputada a Ayanna, nenhum fato", afirmou. "Ayana está amargando um escanteio, uma marginalização do mercado", lamentou.
Ayanna não cuidava de operações de concessão de crédito na empresa, pois, segundo a defesa, essa atividade não fazia parte das competências do cargo dela. ;Ela nem sequer tinha contato direto com os clientes. Se a conceituação do seu cargo não é suficiente para mostrar esta situação, basta a análise do seu currículo profissional para tornar a questão evidente;.
[SAIBAMAIS] Ele também questionou o motivo do MPF não citar a testemunha de acusação Carlos Godinho dentre os réus. Ex-funcionário do Banco Rural, ele revelou em depoimento detalhes sobre como os diretores lavaram dinheiro e realizaram os empréstimos às agências do empresário Marcos Valério.
"A quadrilha era por osmose"
Na sustentação, Mariz ressaltou que o único que Ayanna conhecia do núcleo operacional era Ramon Hollerbach. "Não conhecia José Dirceu, Marcos Valério. A quadrilha era por osmose".