A sessão de julgamento dos réus do mensalão desta sexta-feira (10/8) começou sem a presença do ministro Marco Aurélio de Mello. Segundo o presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Ayres Britto, Marco Aurélio pediu para não comparecer ao julgamento hoje porque já havia assumido um compromisso de ordem acadêmica antes de sair o calendário das sessões.
Ainda de acordo com Ayres Britto, Marco Aurélio pediu as cópias da sessão desta sexta-feira.
[SAIBAMAIS]
O primeiro representante da defesa a se prounciar durante as sustentações orais é Guilherme Alfredo de Moraes Nostre, advogado de Breno Fischberg, sócio-proprietário da corretora Bônus-Banval. Ele é acusado de usar a empresa para lavar dinheiro ilícito do mensalão para o PP.
Segundo Nostre, a afirmação de Marcus Valério que levou a denúncia a Breno Fischberg é inverídica. ;Essa alegação é falsa. Como advogado eu não posso vir aqui e falar o que eu acho. O que eu posso é falar de fatos, elementos que existem nos autos;, completou.
Em sua defesa, Nostre defende que Breno não conhecia Marcus Valério. ;Não há nenhuma prova colhida que possa veicular o acusado Breno Fischberg aos fatos;, afirma. "Breno Fischberg não conhecia nenhum outro componente da suposta quadrilha e nem os componentes o conheciam", completou.
Para o advogado, Breno Fischberg está vinculado aos fatos por ser sócio. ;Empregados da empresa praticaram atos que foram atribuídos a ele;, sustenta. A defesa diz que confia na absolvição do sócio-proprietário da corretora Bônus-Naval porque conhece a história da Corte, dos ministros que intregraram e a integram. "Eu sei que essa Corte fará um julgamento técnico, de acordo com sua história", diz.