Após uma breve discussão para saber se seria feita ainda nesta segunda-feira (13/8) a sustentação oral do advogado do deputado Paulo Rocha, os ministros do Supremo Tribunal Federal preferiram encerrar a sessão de hoje e deixar para amanhã a defesa do parlamentar.
O assunto entrou em pauta no plenário porque dois advogados não usaram uma hora para suas sustentações e a defesa dos cinco acusados prevista para hoje terminou mais cedo. Mesmo assim, todos preferiram deixar para a terça-feira (14/8) a defesa de Paulo Rocha.
"Atividade religiosa"
O advogado Bruno Alves Pereira de Mascarenhas Braga foi o primeiro defensor a falar no julgamento da ação penal 470 nesta segunda. Defensor de Carlos Alberto Rodrigues Pinto, conhecido como Bispo Rodrigues, ele falou aos ministros da Corte que seu cliente ;não exerce mais nenhuma atividade religiosa;. Durante sua defesa, ainda, o advogado de Bispo Rodrigues admitiu que o réu recebeu R$ 150 mil, mas disse que a quantia recebida em 2003 foi usada para pagar dívidas da campanha de 2002.
Crítica à Lula
Logo depois, foi a vez de Luiz Francisco Barbosa sustentar sua defesa no plenário do STF. Defensor do ex-parlamentar Roberto Jefferson, Barbosa falou aos ministros, sobre o esquema do mensalão, que "Lula não só sabia, como também ordenou". Durante o intervalo da sessão, na tarde desta segunda, Barbosa conversou com jornalistas e, em tom de brincadeira, ao ser indagado sobre uma conversa com seu cliente, ele disse que ligou para Jefferson e avisou que iria levar cigarros para o réu em Bangu 8.
[SAIBAMAIS]Repasses legais
A defesa de Emerson Eloy Palmieri, representada pelo advogado Itapuã Prestes de Messias, foi a terceira a fazer a sustentação no plenário hoje. Palmieri é acusado de intermediar o pagamento dos deputados do PTB na época do mensalão. Ele responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o que pode gerar uma pena de 24 anos de prisão. Messias afirmou aos ministros que o repasse de recursos do PT ao PTB eram legais e destinados ao pagamento de dívidas de campanhas eleitorais. ;Para a captação de recursos é possível transferência de um partido ao outro;, disse.
Boa conduta
Durante sua sustentação de aproximadamente uma hora no plenário do STF, o advogado do réu Romeu Queiroz, Ronaldo Garcia Dias, afirmou que seu cliente votou pela aprovação das reformas da Previdência e Tributária, mas que isso foi feito por orientação do PTB. Além disso, em sua defesa, alegou que Romeu Queiroz é um empresário bem sucedido em Minas Gerais, ;seja na área de negócios, de veículos, ou de consultoria em geral;.