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Denúncia contra José Borba não vale pois está baseada em depoimentos, diz defesa

postado em 13/08/2012 19:51
O advogado Inocêncio Coelho, representante do ex-deputado federal José Borba (PMDB-PR) no processo do mensalão, disse, nesta segunda-feira (13/8), que a denúncia contra seu cliente não é válida, pois está baseada no depoimento do publicitário mineiro Marcos Valério. Segundo Coelho, Valério é uma ;personagem cuja própria denúncia afirma que apresentou informações inconsistentes.;

De acordo com o advogado, os depoimentos que constam nos autos do processo são de "indivíduos não confiáveis;. Ele alegou que o próprio Ministério Público Federal (MPF) considerou as declarações de Marcos Valério contraditórias e que continham versões distintas. ;Foram sucessivas mudanças de versão para os mesmos fatos. É nesse denunciante que o Ministério Público se apoia.;



Borba foi líder da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados e, atualmente, é prefeito em Jandaia do Sul (PR). Ele é acusado pelo MPF de receber dinheiro ilegal do publicitário Marcos Valério para articular a favor do governo no Congresso Nacional. Ele responde pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

[SAIBAMAIS]Coelho negou que Borba tenha recebido R$ 2,1 milhões de Marcos Valério. Segundo o defensor, o testemunho de Simone Vasconcelos, ex-diretora financeira da SMP, agência de publicidade de Valério, também é inverossímil. "Não há nome, não há recibo, não há prova material ligando José Borba. E, mesmo assim, [a denúncia diz que ele] recebeu dinheiro".

O advogado seguiu ainda a linha de outros defensores de réus do processo do mensalão e criticou as acusações do Ministério Público. Para ele, o MPF não foi capaz de apresentar provas contra Borba. ;No presente caso, o Ministério Público não conseguiu provar, embora lhe coubesse esse ônus sob pena de tornar inconsistente a peça acusatória".

Antes de a sessão ser encerrada, os ministros do STF discutiram a possibilidade de acrescentar um sexto advogado, mas o próprio defensor do ex-deputado Paulo Rocha pediu para ser ouvido apenas na sessão de amanhã (14), que começa às 14h.

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