O segundo advogado a falar no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (14/8), Luiz Maximiliano Mota, disse aos ministros que a denúncia do mensalão ;não resiste a um olhar sereno, a um olhar de jurisprudência;.
O advogado fez uma crítica e disse que o caso precisa de um ;choque de serenidade;. ;Precisamos de uma bomba que produza jurisprudência;. Assim começou sua sustentação oral, Mota citou que o relator Joaquim Barbosa não estava presente no plenário. Depois disso, os ministros Marco Aurélio Mello e Ayres Britto alertaram que Barbosa assistia à sessão em uma sala próxima.
Mota defende Anita Leocádia, que é acusada de intermediar o recebimento de dinheiro para o ex-deputado Paulo Rocha. Ela responde por lavagem de dinheiro e o crime pode gerar uma pena de 12 anos. Segudo o advogado, a conduta de Anita não configura lavagem de dinheiro, já que os valores recebidos por ela foram usados para pagar dívida de campanha e ela não sabia da lavagem. No fim de sua defesa, Mota citou uma música de Cazuza para fazer uma crítica a Roberto Gurgel: "Seu procurador-geral da República, a sua piscina está cheia de ratos, suas ideias não correspondem aos fatos".
Outros três advogados devem passar pelo plenário hoje, representantes dos réus Luiz Carlos da Silva (conhecido como professor Luizinho), João Magno de Moura e Anderson Adauto. Todos terão até uma hora para fazer a sustentação oral.
[SAIBAMAIS]Antes de Mota, o advogado do ex-parlamentar Paulo Rocha foi ouvido pelos ministros. Ele é acusado de receber dinheiro de Marcus Valério, valendo-se dos mecanismos disponibilizados pelo Banco Rural. Paulo Rocha também responde por lavagem de dinheir.