postado em 14/08/2012 19:14
A última defesa a ser ouvida nesta terça-feira (14/8) pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) , no julgamento do mensalão, é do ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto, que responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa. Adauto foi ministro entre 2003 e 2004 e, atualmente, é prefeito do município mineiro de Uberaba.Na denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Adauto é citado como operador do esquema do mensalão, organizado para comprar o apoio de parlamentares e para saldar dívidas de campanha com dinheiro não contabilizado, o chamado caixa 2. De acordo com o MPF, o ex-ministro recebeu propina do publicitário mineiro Marcos Valério por meio de assessores. Ele também intermediou repasses de recursos para o PTB, segundo o MPF.
Sobre o crime de corrupção, a defesa de Adauto alega que o PTB já compunha a base do governo e que nunca intermediou subornos para a legenda votar com o governo. Quanto ao crime de lavagem de dinheiro, o advogado admite que o ex-ministro recebeu verba para quitar débitos da campanha de 2002, mas acreditava que o dinheiro tinha origem lícita.
[SAIBAMAIS]Na sessão desta terça também foram ouvidos os advogados dos ex-deputados Professor Luizinho (PT-SP), Paulo Rocha (PT-PA) e João Magno (PT-MG), além da defesa de Anita Leocádia Pereira da Costa, ex-assessora parlamentar.