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Último advogado a fazer defesa rebate crítica do procurador-geral da República

Ana Maria Campos
postado em 15/08/2012 16:15

Antônio Carlos de Almeida Castro, o último advogado a fazer uma defesa no julgamento do mensalão, rebateu a afirmação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que classificou de ;ladainha a defesa; dos advogados. ;Nunca é uma ladainha o que um advogado diz;, responde Castro.

Em sua sustentação, o advogado, conhecido como Kakay, defendeu o réu José Dirceu e disse que ele "é um homem honesto, íntegro, correto, duro.

Castro defende Zilmar Fernandes Silveira, sócia do publicitário Duda Mendonça. Eles atuaram na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para presidente da República em 2002. Ambos são acusados dos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro por terem recebido dívidas da campanha por meio do esquema ilícito montado por Marcos Valério.


Os advogados atestam que os dois receberam por um serviço efetivamente prestado ao PT e que não sabiam da existência de organização criminosa para viabilizar o pagamento. A defesa alega ainda que não houve crime de evasão de divisas porque as transferências seguiram as normas permitidas pelo Banco Central à época.

[SAIBAMAIS]A votação dos ministros será iniciada logo em seguida, mas eles ainda não devem entrar na análise de culpa ou inocência dos réus. Eles devem definir questões preliminares do julgamento que estão em aberto, como a alegação do réu Carlos Alberto Quaglia de que teve o direito de defesa cerceado. Essa decisão pode levar parte do processo a ser anulado.

Os ministros também devem definir como será o sistema de votação ; se cada magistrado dirá todo o voto de uma só vez ou se a votação será dividida de acordo com cada situação criminosa apontada pelo Ministério Público. Essa definição será decisiva para determinar se o ministro Cezar Peluso irá participar do julgamento, pois ele se aposenta no início de setembro.

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