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Advogados contestam a decisão de votos por blocos no Supremo

Helena Mader
postado em 18/08/2012 10:17
A decisão do Supremo Tribunal Federal de fatiar a denúncia e julgar as acusações por itens dividiu as opiniões dos advogados dos 37 réus. Parte deles não gostou da metodologia proposta pelo ministro-relator, Joaquim Barbosa, e acatada pela Corte. Outros acham prematura avaliar as consequências da decisão. O maior receio entre os opositores da proposta é que não haja uma concreta individualização das condutas de cada réu. Mas venceu entre os magistrados a ideia de que o método de separar o julgamento por item da denúncia facilita o entendimento e vai agilizar a análise do caso.

Para o advogado Leonardo Yarochewsky, representante de um dos réus, o fatiamento compromete a unidade do processo. ;O Supremo Tribunal Federal já está julgando pessoas sem prerrogativa de foro, o que não deveria. Agora, com o fatiamento do julgamento, há o risco de os ministros perderem o foco em cada indivíduo;, comentou. ;O relator deveria esgotar todo o seu voto para então passar a palavra para o revisor. Não importa que o voto seja longo, todos os ministros têm computador, tablets, para facilitar o acompanhamento;, justificou Yarochewsky. Até agora, a conduta de sua cliente não foi analisada pelo ministro-relator, que, na quinta-feira, durante o primeiro dia de votação, citou apenas Marcos Valério e dois sócios, além do deputado federal e candidato à prefeitura de Osasco, João Paulo Cunha (PT-SP). Barbosa pediu a condenação dos quatro réus.

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