Ana Maria Campos, Helena Mader
postado em 22/08/2012 08:26
A aposentadoria do ministro Cezar Peluso desperta duas dúvidas cruciais para o julgamento do mensalão. Os colegas desconversam e evitam antecipar o problema, mas o surgimento do impasse é inevitável. Nas próximas semanas, os integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) terão que decidir se Peluso poderá antecipar o voto para participar do processo antes de deixar a Corte. Outra incógnita é como proceder em caso de empate se apenas 10 ministros participarem das sessões.
Faltam apenas cinco sessões de julgamento até a aposentadoria compulsória de Peluso. Ele completará 70 anos no próximo dia 3. Nesse curto período, dificilmente os ministros terão condições de avançar em outros capítulos além do que já começou a ser discutido na semana passada, relacionado aos supostos desvios de recursos da Câmara dos Deputados e do Banco do Brasil (BB). Nesse caso, Peluso opinará apenas sobre a condenação ou absolvição do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), do ex-diretor de Marketing do BB Henrique Pizzolato e de Marcos Valério, além de dois sócios do empresário.