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Joaquim Barbosa vai continuar voto sobre gestão fraudulenta na segunda-feira

Ana Maria Campos
postado em 30/08/2012 18:38

O ministro relator do mensalão Joaquim Barbosa interrompeu a leitura do item cinco da denúncia do mensalão por volta das 18h30 desta quinta-feira (30/8). Ele deve continuar a expor sobre gestão fraudulenta de instituição financeira só na segunda-feira (3/9). Nesse tópico, os réus são: Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural, José Salgado, ex-diretor do banco, Ayanna Tenócio, vice-presidente do grupo e o ex-diretor, Vinícius Samarane.

Hoje, Barbosa sustentou que o Banco Rural descumpriu o manual interno para empréstimo ao PT, sem garantias suficientes e sem parecer da assessoria de crédito. Ele tratou o caso como uma "cadeia de ilicitudes praticadas pelos diretores do Banco Rural". Segundo Barbosa, a garantia do empréstimo de R$ 3 milhões do Banco Rural ao PT era apenas a palavra de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT e do publicitário Marcos Valério.



Além disso, de acordo com o relator, o Banco Rural só decidiu cobrar os empréstimos ao PT depois que o escândalo do mensalão ficou público.

Outra fase

O julgamento do mensalão passou para outra etapa nesta quinta-feira com o término dos votos sobre o item três da denúncia. O último a fazer a leitura foi o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto.

O item três trata de desvios de dinheiro público pelos réus João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados na época do mensalão, o publicitário Marcos Valério, seus sócios Ramon hollerbach e Cristiano Paz, e do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. Até o momento, a maioria dos ministros votou pela condenação do réu João Paulo Cunha por corrupção passiva (nove ministros), peculato por irregularidades na execução do contrato da agência SMP com a Câmara (nove) e por lavagem de dinheiro (seis).

[SAIBAMAIS]A maioria (seis ministros) votou pela absolvição de João Paulo do segundo peculato, relativo à contratação da empresa IFT ; Ideias, Fatos e Texto para prestação de serviços de assessoria de imprensa. No mesmo item, a maioria dos ministros (nove) votou pela condenação dos sócios da SMP (Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz) corrupção ativa e peculato, segundo o STF.

No ponto relativo a desvios de recursos no Banco do Brasil, todos votaram, até o momento, pela condenação de Henrique Pizzolato por corrupção passiva e peculato e, por maioria (nove), por lavagem de dinheiro, e pela condenação dos sócios da DNA Propaganda (Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz) por corrupção ativa e peculato.

Os ministros que se manifestaram até agora votaram pela absolvição de Luiz Gushiken, ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica da Presidência da República, por ausência de provas.

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