Paulo de Tarso Lyra
postado em 19/09/2012 08:24
A parceria entre o PP e o PT, que, segundo o relator do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, foi forjada por intermédio da distribuição de recursos para o partido em troca de apoio aos projetos do governo no Congresso, não envolveu apenas as votações das reformas da Previdência e Tributária. A aliança entre pepistas e petistas deu-se em diversos níveis, inclusive no apoio de Paulo Maluf ; candidato derrotado no primeiro turno ; a Marta Suplicy na disputa pela prefeitura de São Paulo, no segundo turno de 2004. Apesar da manobra, Marta não conseguiu se reeleger e perdeu a disputa para José Serra (PSDB).
O Correio apurou com vários interlocutores que, ao alinhar o PP ao Planalto, a cúpula do PT teve que fazer negociações distintas. O grupo que comandava o partido na época, composto pelo trio Pedro Henry (MT), Pedro Corrêa (PE) e José Janene (PR, já falecido), cuidava dos interesses gerais da legenda. A situação de São Paulo era específica e envolvia tanto Maluf quanto o deputado Vadão Gomes (SP), então presidente do diretório municipal do PT na capital paulista.