postado em 07/11/2012 20:24
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) encerraram a sessão sobre o julgamento do mensalão por volta das 20h desta quarta-feira (7/11). Após 14 dias de interrupção por causa de uma viagem do ministro relator Joaquim Barbosa, o julgamento pouco fluiu hoje. Após várias discussões, os ministros definiram apenas a pena para Ramon Hollerbach, ex-sócio do publicitário Marcos Valério, em relação ao crime de corrupção ativa na Câmara dos Deputados. Ele foi condenado a cinco anos, dez meses, além de 180 dias-multa (sendo dez salários mínimos para cada dia, vigentes à época dos fatos).
O Supremo não conseguiu concluir a pena total de Hollerbach. Por fim, houve uma divergência sobre a pena do crime de evasão de divisas. O julgamento será retomado na quinta-feira (8/11) e a sessão extraordinária, inicialmente prevista para sexta-feira (9/11), foi cancelada pelo presidente, Ayres Britto.
A sessão desta quarta-feira foi novamente marcada por discussões entre ministros. Em menos de dez minutos do início, Marco Aurélio Mello e Joaquim Barbosa bateram boca. Mello disse para o relator parar de sorrir. "Não sorria porque que a coisa é muito séria. O deboche não lhe calha... Vossa Excelência escute para depois retrucar". "Não admito que Vossa Excelência suponha que todos nesse plenário sejam salafrários e só Vossa Excelência seja vestal", completou.
[SAIBAMAIS]Mais tarde, Barbosa retrucou argumentos do ministro revisor Ricardo Lewandowski, quando ele leu depoimentos que falavam sobre a conduta de Hollerbach e disse que a ;corrupção em qualquer estrutura estatal é igualmente grave". O relator retrucou, perguntando se ;corromper o guarda da esquina é o mesmo que com parlamentar?".