Os ministros do Supremo Tribunal Federal encerraram, na sessão desta quarta-feira (28/11), o cálculo das penas dos réus do mensalão. As últimas dosimetrias foram as de Roberto Jefferson, delator do esquema, de João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, e de Emerson Palmieri, ex-tesoureiro informal do PT.
Jefferson, atual presidente licenciado do PTB, foi condenado a sete anos e 14 dias de prisão, além de ter que pagar uma multa que passa de R$ 740 mil em valores não atualizados. Os ministros levaram em conta o fato de ele ter delatado o esquema do mensalão e reduziram sua pena em 1/3 para cada crime. Com isso, o ex-deputado federal se livrou do regime fechado. Ele foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O Supremo também definiu hoje a pena para João Paulo Cunha. Em regime inicial fechado, o ex-presidente da Câmara terá que cumprir nove anos e quatro meses de cadeia pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato.
[SAIBAMAIS]Emerson Palmieri, ex-tesoureiro informal do PT, condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, pegou uma pena de apenas quatro anos pelo primeiro crime. Em relação à corrupção, a pena estabelecida foi de dois anos e já está prescrita. Sendo assim, os ministros sugeriram que Palmieri cumpra uma pena alternativa e pague 150 salários mínimos para uma entidade social. Ele também deverá ser proibido de exercer qualquer cargo público, ou político por quatro anos.
A próxima sessão de julgamento do mensalão será na na quarta-feira (5/12). Amanhã, será a posse de Teori Zacascki no STF.
Confira os detalhes da dosimetria de hoje:
ROBERTO JEFFERSON
Corrupção passiva: 2 anos, 8 meses, 20 dias, além de 190 dias-multa
Lavagem de dinheiro: 4 anos, 3 meses e 24 dias, além de 160 dias-multa
EMERSON PALMIERI
Corrupção passiva: 2 anos (pena prescrita)
Lavagem de dinheiro: 4 anos, além de 190 dias-multa
JOÃO PAULO CUNHA
Corrupção passiva: 3 anos e 4 meses
Peculato: 3 anos
Lavagem de dinheiro: 3 anos