postado em 16/11/2013 11:55
Aproveitando a dupla cidadania, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, fugiu para a Itália. Condenado a 12 anos e sete meses de prisão no escândalo do Mensalão, ele vai apelar para um novo julgamento italiano. Segundo a Polícia Federal, Pizzolato é considerado foragido da Justiça. O nome do ex-diretor estava na lista de pessoas que não podem sair do país. O então advogado de Henrique, Marthius Savio Lobato, informou ao delegado Marcelo Nogueira, que saiu de Brasília para buscar o cliente no Rio de Janeiro e entregá-lo à polícia. Contudo, ao chegar à casa de Pizzolato, a família avisou que ele teria fugido para Itália. O advogado informou que desconhece quando Pizzolato deixou o Brasil e quais foram os motivos da decisão. A Polícia Federal informou ao Correio que deve acionar a Interpol para localizar o condenado na Ação Penal 470. O delegado da Polícia Federal, da superintendência do órgão no Rio de Janeiro, Marcelo Nogueira, confirmou que recebeu a ligação do advogado Marthius Sávio Cavalcante Lobato assegurando que a carta divulgada na imprensa era de Pizzolato e, portanto, indicando que ele está fora do Brasil
Marthius Sávio Cavalcante Lobato também informou que não representa mais Pizzolato. A participação dele teria sido encerrada com o transitado e julgado da ação, na quinta-feira (14/11). O advogado, no entanto, ainda manteve contato com a Polícia Federal no Rio e em Brasília para tratar do caso. Pela manhã, ele confirmou à PF, que uma carta divulgada na imprensa pela família de Pizzolato era mesmo do ex-diretor do Banco do Brasil. Nela, Pizzolato, que tem dupla cidadania, diz que decidiu buscar um novo julgamento na Itália.
[SAIBAMAIS]Há informações de que Pizzolatto teria fugido do país por terra, por Pedro Juan Caballero, no Paraguai, há 45 dias. De lá, foi para a Itália. Ele acumula os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato e deve pagar uma multa de R$ 1,316 milhão.
Entenda
Militante do PT desde a fundação do partido, Pizzolato é responsável pela liberação de R$ 73 milhões da Visanet para a empresa de Marcos Valério, a DNA Propaganda. Ele teria recebido mais de R$ 300 mil em espécie. Ele chegou a antecipar a aposentadoria após envolvimento no mensalão.