O avião da Polícia Federal com os nove condenados pelo Mensalão chegará hoje a Brasília no fim da tarde. A previsão inicial era que aterrissasse às 17h. Os réus devem seguir para a sede da PF, onde deverão fazer exames antes de irem para a carceragem. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, ainda não decidiu onde eles cumprirão a pena.
A primeira escala do avião que saiu da capital federal para buscar os réus na manhã de hoje foi em São Paulo. Lá, embarcaram o deputado federal José Genoino (PT-SP) e o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, considerado o pai do Mensalão. Eles se entregaram ontem à noite à PF. A aeronave com capacidade para 50 passageiros decolou volta das 14h30 rumo a Belo Horizonte para pegar outros sete presos que fizeram o exame do corpo de delito no Instituto Médico Legal da capital mineira pouco antes da chegada do jato.
Por volta das 15h30, a aeronave chegou ao Aeroporto da Pampulha, onde embarcaram o publicitário Marcos Valério, o ex-deputado federal Romeu Queiroz (PTB-MG); o ex-vice-presidente do Banco Rural, José Roberto Salgado; os ex-sócios de Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, e também a ex-funcionária do publicitário Simone Vasconcelos. Eles foram colocados a bordo a partir das 16h20 e não estavam algemados. As portas do avião foram fechadas às 16h38.
Na manhã de hoje, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, se entregou à PF em Brasília. Ele foi o último a se apresentar às autoridades. O ex-tesoureiro do PL (atual PR), Jacinto Lamas, se apresentou à polícia da capital federal ontem.
As prisões dos 12 condenados foram decretadas na última sexta-feira (15/11) por Barbosa. Onze dos 12 mandados de prisão foram cumpridos.
Foragido
O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, escapou da prisão e está foragido na Itália, onde tem dupla cidadania. O condenado saiu do país por terra, pela fronteira com o Paraguai e de lá seguiu para o país europeu. A Interpol já está a procura do executivo e decretou "alerta vermelho". Pizzolato foi condenado pretende apelar para um novo julgamento italiano.
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