postado em 16/11/2013 16:26
Em uma nota pública, divulgada neste sábado (16/11), o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato explica o porquê de se mudar para a Itália. No texto, o condenado na Ação Penal 470 reafirma sua decisão de, ;consciente e voluntariamente fazer valer; seu legítimo direito de liberdade ;para ter um novo julgamento;. Condenado a 12 anos e sete meses de prisão no escândalo do mensalão, Pizzolato já é considerado foragido da Justiça. O nome do ex-diretor estava na lista de pessoas que não podem sair do país.O então advogado de Henrique, Marthius Savio Lobato, informou ao delegado Marcelo Nogueira, que saiu de Brasília para buscar o cliente no Rio de Janeiro e entregá-lo à polícia. Contudo, ao chegar à casa de Pizzolatto, a família teria a avisado que ele teria fugido para Itália. O advogado informou que desconhece quando Pizzolato deixou o Brasil e quais foram os motivos da decisão. A Polícia Federal informou ao Correio que deve acionar a Interpol para localizar o condenado. O delegado da Polícia Federal, da superintendência do órgão no Rio de Janeiro, Marcelo Nogueira, confirmou que recebeu a ligação do advogado Marthius Sávio Cavalcante Lobato assegurando que a carta divulgada na imprensa era de Pizzolato e, portanto, indicando que ele está fora do Brasil
[SAIBAMAIS]Marthius Sávio Cavalcante Lobato também informou que não representa mais Pizzolato. A participação dele teria sido encerrada com o transitado e julgado da ação, na quinta-feira (14/11). O advogado, no entanto, ainda manteve contato com a Polícia Federal no Rio e em Brasília para tratar do caso. Pela manhã, ele confirmou à PF, que uma carta divulgada na imprensa pela família de Pizzolato era mesmo do ex-diretor do Banco do Brasil. Nela, Pizzolato, que tem dupla cidadania, diz que decidiu buscar um novo julgamento na Itália.
Leia, na íntegra, a declaração de Pizzolato:
Nota Pública
Minha vida foi moldada pelo princípio da solidariedade que aprendi muito jovem quando convivi com os franciscanos e essa base sólida sempre norteou meus caminho.
Nos últimos anos, minha vida foi devassada e não existe nenhuma contradição em tudo o que declarei seja em juízo ou nos eventos p;publicos que estão disponíveis na internet.
Em meados de 2012, exercendo meu livre direito de ir e vir, eu me encontrava no exterior acompanhando parente enfermo quando fui, mais uma vez, desrespeitado por setores da imprensa.
Após a condenação decidida em agosto, retornei ao Brasil para votar nas eleiões municipais e tinha a convicção de que no recurso eu teria /êxito, pois existe farta documentação a comprovar minha inocência.
Qualquer pessoa que leia os documentos existentes no processo constata o que afirmo.
Mesmo com intensa divulgação pela imprensa alternativa ; aqui destaco as diversas edições da revista Retrato do Brasil ; e por toda a internet, foi como se não existissemtais documentos, pois ficou evidente que a base de toda a ação penal tem como pilar, ou viga mestra, exatamente o dinheiro da empresa privada Visanet. Fui necessário para que o enredo fizesse sentido. A mentira do ;dinheiro público; pára condenar; Todos. Réus, partido, ideias, ideologia.
Minha decepção com a conduta agressiva daquele que que deveria pugnar pela mais exemplar isenção, é hoje motivo de repulsa por todos que passaram a conhecer o impedimento que preconiza a Corte Interamericana de Direitos Humanos ao estabelecer a vedação de que um mesmo juiz atue em todas as fases de um processo, a investigação, a aceitação e o julgamento, posto a influência negativa que contamina a postura daquele que julgará.
Sem esquecer o legítimo direito moderno de qualquer cidadão em ter garantido o recurso a uma corte diferente, o que me foi napelavalmente negado.
Até desmembraram em inquéritos paralelos, sigilososo, para encobrir documentos, laudos e perícias que comprovam minha inocência, o que impediu minha defesa de atuar na plenitude das garantias constitucionais. E o cúmulo foi utilizarem contra mim um testemunho inidôneo.
Por não vislumbrar a minha chance de ter um julgamento afastado de motivações político-eleitorais, com nítido caráter de exceção, decidi consciente e voluntariamente, fazer valer meu legítimo direito de liberdade para ter um novo julgamento, na Itálila, em um Tribunal que não se submete às imposições da mídia empresarial, como está consagrado no tratado de extradição Brasil e Itália.
Agradeço com muita emoção a todos e todas que se empenharam com enorme sentimento de solidariedade cívica na defesa de minha inocência, motivados em garantir o estado democrático de direito que a mim foi sumariamente negado.
Henrique Pizzolato