Rosana Hessel
postado em 17/11/2013 12:29
Simone Vasconcelos, ex-diretora financeira da SMP, do publicitário Marcos Valério, considerado o executor do esquema do mensalão, está detida na Superintendência da Polícia Federal (PF), no Setor Polícial Sul, aguardando transferência para o presídio feminino da Colmeia, no Gama. A informação é do advogado da réu, Leonardo Yarochewsky, que afirma não saber com exatidão se a mudança será efetuada neste domingo (17/11) ou na segunda-feira (18/11). A coordenação do Sistema Penitenciário confirmou que a ex-presidente do Banco Rural, Kátia Rabelo, também está detida no prédio da PF. As duas são as únicas mulheres condenadas no processo do mensalão. , separada para recebê-las. A reportagem não conseguiu entrar em contato com os advogados de Kátia para saber mais detalhes sobre a possível transferência.
, transportados em um avião da PF com capacidade para 50 pessoas. Elas embarcaram em Belo Horizonte. O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu e o deputado federal José Genoino (PT-SP) chegaram no mesmo comboio e estão com os demais condenados no complexo presidiário da Papuda. Ontem, as duas chegaram a ir junto com os demais dententos ao presídio, mas depois foram encaminhadas para a Superintendência da PF.
Kátia pegou 16 anos e oito meses de prisão em regime fechado pelos crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha. Simone foi condenada a 12 anos e sete meses de prisão em regime semiaberto pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Violações
O advogado de Simone se queixou do desencontro de informações sobre onde e como sua cliente cumprirá s pena. A princípio, Simone iria para a Colmeia, mas nem isso está totalmente definido porque ela também poderá voltar para Belo Horizonte, assim como os demais presos que devem retornar a seus respectivos estados.
"Não entendo a razão de tanta encenação dessas prisões e as indefinições sobre o local onde os presos irão ficar. Fico sabendo mais pela imprensa do que pela Justiça", disse Yarochewsky, em entrevista ao Correio Braziliense. "Esse problema está ocorrendo porque o processo todo foi fatiado assim como a execução das penas. Se esperássemos que ele chegasse ao fim, esse tipo de confusão não estaria ocorrendo. Essa coincidência para criar um fato político no dia da República não foi por acaso. Essa situação é lamentável;, protestou.
Na avaliação do advogado, isso tudo é uma ;violação dos princípios da individualização da pena; e cabe recurso. ;Vamos esperar a definição da condenação para tomarmos as medidas legais cabíveis;, adiantou. ;Ainda nem sei o local para onde Simone vai. Não fui comunicado por nada. A defesa foi desprezada nesse processo inúmeras vezes. Havia dias em que havia julgamento em Brasília sem a presença do advogado porque eles mudavam a pauta em cima da hora;, protestou.
Com informações de André Shalders