OsNomesDoMensalao

MP irá anunciar medidas que restringem privilégios nas visitas na Papuda

Os mensaleiros têm recebido familiares, advogados e políticos diariamente

postado em 24/11/2013 07:44
Militantes saudaram parlamentares que visitaram os presos na quinta-feira

A partir de amanhã, o Ministério Público efetivará a recomendação, que publicou na última quinta-feira, em que pede o cumprimento das normas de isonomia de tratamento dos visitantes do sistema prisional. O órgão exige que todos sejam tratados igualmente. O texto é uma resposta à semana incomum no Complexo Penitenciário da Papuda onde se encontram os presos do processo do mensalão. Desde que foram detidos, os condenados receberam visitas em dias aleatórios, descumprindo assim, as normas do regimento. A ação do MP torna-se ainda mais evidente depois que a administração do complexo prisional sugeriu que os réus tenham um dia de visita diferente dos demais detentos, às sextas-feiras.

A maioria dos internos da Papuda é autorizada a receber visitas apenas nas quartas ou nas quintas-feiras, das 9h às 15h. Com um dia de antecedência, as famílias já começam a fazer fila na frente do presídio para pegar a senha e garantir algumas horas com os detentos. Os mensaleiros, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-deputado federal Romeu Queiroz (MG), têm recebido familiares, advogados e políticos diariamente. Entre os visitantes da última semana, estavam o deputado federal Zezéu Ribeiro (PT-BA) e os senadores Humberto Costa, Jorge Viana, Paulo Paim, Wellington Dias, José Pimentel e Eduardo Suplicy. A regalia também valeu para os condenados do caso que estão em outros presídios do Distrito Federal.

O Ministério Público informou, por meio de nota, que o regime de visitas é regulamentado pela Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) e listou as exigências para a visitação, tais como cadastro prévio, roupa adequada, procedimentos de revista, horários e datas fixadas e número máximo de visitantes. O texto da recomendação ainda diz que a fiscalização dos estabelecimentos cabe às Promotorias de Execuções Penais do Distrito Federal.

A matéria completa está disponível para assinantes. Para assinar, clique .

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação