Paulo de Tarso Lyra
postado em 25/11/2013 06:04
A prisão dos primeiros condenados no julgamento do mensalão pode ter um efeito pedagógico entre políticos e empresários, desde que a execução das penas não seja exceção, mas regra daqui por diante. Com casos de corrupção permeando diversos setores da máquina pública, nas três instâncias de governo - federal, estadual e municipal - e envolvendo integrantes de legendas de situação e de oposição, a tendência é que a exploração política do tema seja menor do que em disputas anteriores. A economia, velha alavanca para vitórias e derrotas eleitorais, tende a continuar sendo o grande debate para 2014.
Para o cientista político Carlos Melo, da Insper Instituto de Ensino e Pesquisa, o mensalão não pode ser um ;ponto fora da curva; no combate aos casos de corrupção. Ele considera extremamente positivo o fato de os brasileiros estarem céticos e, ao mesmo tempo, atentos aos desdobramentos do caso. O cientista político acredita que é fundamental que as prisões gerem correções de rumo na máquina pública, sobretudo corrigindo lacunas. ;Precisamos descobrir, por exemplo, quem fiscaliza os fiscais;, disse, em referência à máfia dos fiscais do ISS, ocorrida em São Paulo.
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Para o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), o mensalão poderá ser didático para aqueles que já têm em seu DNA o cuidado no trato com a coisa pública. ;Quem tem nas veias o sangue corrupto ou criminoso não vai se intimidar com as punições;, acredita ele. ;Mas não dá para fazer disso um combustível para o debate eleitoral. O que o Brasil precisa discutir em 2014 é qual o país nós queremos pelos próximos 10 anos.;
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