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Juiz responsável por prisões de mensaleiros está em sintonia com Barbosa

Bruno Ribeiro, substituto da Vara de Execuções Penais, assina o primeiro ato na Ação 470, concedendo, como determinou o Supremo, prisão domiciliar provisória a Genoino. Embate com ministro isolou titular da VEP, Ademar de Vasconcelos

Leonardo Cavalcanti
postado em 25/11/2013 06:05
Bruno Ribeiro: com isolamento de Ademar, ele assume os trabalhos
Ao tomar conta do processo de execução das penas da Ação 470, o mensalão, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, excluiu um juiz que estava atrapalhando os trabalhos do ministro e colocou um que considera mais discreto e em plena sintonia com as determinações do chefe do STF. Bruno André Silva Ribeiro, substituto da Vara de Execuções Penais (VEP), está no comando, no lugar do titular, Ademar Silva de Vasconcelos. Com a troca, Barbosa reforça o total controle das ações do caso. Ontem, Ribeiro assinou o primeiro ato no processo, conduzindo o ex-presidente do PT José Genoino, condenado a 6 anos e 11 meses de reclusão, ao tratamento domiciliar. No documento, com o nome do juiz, estão definidas as regras a que o condenado deve obedecer. O petista, por exemplo, apenas poderá sair de casa para ir ao médico e terá que manter as autoridades informadas sobre sua saúde.

Assim como enfatizou quando enviou o pedido de prisão à VEP, Barbosa baterá o martelo final sobre qualquer ato que envolva os mensaleiros. Regalias, como visitas e concessão de entrevistas, estarão sobre o crivo do presidente do STF. Conforme o Correio mostrou no site, no sábado, e na edição impressa de ontem, Barbosa e Ribeiro têm um bom relacionamento. Foi com juiz substituto que o magistrado tratou quando comunicou o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), na quinta-feira (14). Na última semana, ele teria deixado clara a intenção de que Bruno assumisse o caso. O presidente do STF o considera discreto e capaz de tomar conta da situação com mais critério.

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Barbosa teria reclamado do tratamento dado por Ademar aos 11 presos do processo do mensalão. Uma das evidências do desentendimento entre ambos foi a condução da decisão de tirar Genoino, que é cardiopata, da Papuda para tratamento hospitalar. Em um primeiro momento, a VEP negou que o condenado precisasse desse tipo de tratamento. No dia seguinte, por telefone, Ademar informou o contrário. No ofício, emitido na última quinta-feira, em que autoriza o tratamento médico domiciliar ou em hospital, Barbosa ressalta a contradição. Outro fator que teria causado incômodo foi uma entrevista que o ex-presidente do PT concedeu a uma revista semanal enquanto estava na Papuda.

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