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Ex-deputado Valdemar pode trabalhar em restaurante ou no partido PR

Condenado no semiaberto, o ex-deputado tem duas opções de trabalho para apresentar à Justiça

Paulo de Tarso Lyra
postado em 07/12/2013 08:00
Valdemar (D) renunciou, pela segunda vez, ao mandato de deputado federal para escapar da cassação

Condenado a 7 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) ainda não apresentou à Justiça um pedido para trabalhar fora da prisão, conforme previsto no regime semiaberto. Todos no PR, no entanto, apostam que o destino dele será continuar prestando serviços à legenda, mas poderia optar por outro setor, como uma maneira de não concentrar os holofotes da mídia sobre o partido, já desgastado por conta do julgamento do mensalão. A opção de trabalhar na área administrativa de um restaurante também é especulada, mas as tratativas ainda não avançaram.

O Correio apurou que o partido já tem a proposta pronta para ele. Valdemar trabalharia como assessor do PR e salário na faixa dos R$ 6 mil. Entre 2005 e 2007, após a primeira renúncia, no auge da crise do mensalão, ele atuou na burocracia partidária, até ser eleito novamente para a Câmara dos Deputados. Durante o período em que Alfredo Nascimento era ministro dos Transportes, Valdemar presidiu a legenda. Quando o senador amazonense deixou o governo, em julho de 2011, reassumiu o comando do PR e Valdemar passou a ser secretário-geral. Mas é o ex-deputado quem controla os rumos partidários. É ele quem define os palanques, as alianças políticas, as filiações. Quem deixou o partido reclama que o ex-parlamentar conduz com pulso firme os diretórios estaduais.

Oficialmente, por enquanto, apesar das tratativas, do desejo e das conversas, não houve uma oferta concreta de emprego. Tanto o PR quanto Valdemar e a defesa aguardavam os desdobramentos das prisões. As tratativas se aceleraram após 15 de novembro, quando Joaquim Barbosa decretou as primeiras detenções dos mensaleiros, entre eles o ex-presidente do PT José Genoino; o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares; e o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu.

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