Jornal Correio Braziliense

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Ministro da CGU diz que símbolos da corrupção continuam soltos

Segundo o Jorge Hage, os condenados do mensalão não simbolizam a corrupção no país

O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, disse nesta segunda-feira (9/12) que a prisão dos condenados na Ação Penal 470, conhecida como mensalão, ;é importante para mostrar que as instituições, quando querem, funcionam, mas estou convencido de que eles [os condenados] não simbolizam a corrupção no país. Os símbolos da corrupção estão soltos;.



Sobre a integração de estados e municípios no combate à corrupção, o ministro disse que é preciso respeitar a autonomia dos entes da Federação, mas é necessário avançar no debate, ;pois de outro modo a cultura e a sensação de corrupção dificilmente se modificarão, pois o cidadão comum não faz distinção entre as esferas de governo, nem entre Poderes constituídos.

O ministro ressaltou que ;o mais importante é que, nos últimos dez anos, o Brasil despertou e deu início à transformação significativa nessa área e continua avançando a cada ano. Essa luta sistemática contra a corrupção, em favor da ética e da integridade, há de sensibilizar, algum dia, aqueles de quem depende a aprovação de certas mudanças institucionais, constitucionais e legais;.

O dia 9 de dezembro foi instituído como Dia Internacional contra a Corrupção em homenagem à assinatura da Convenção da ONU contra a Corrupção, em 2003, no México e cabe à CGU acompanhar a implantação da Convenção no Brasil. Durante a solenidade de hoje, foram entregues os prêmios do 1; Concurso de Boas Práticas instituído pela CGU e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc). Houve também o lançamento de um selo postal pelos Correios, em homenagem à data e a entrega de uma placa ao ex-ministro da CGU, Waldir Pires, pela Associação dos Auditores Federais de Controle Interno (Anafic).