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Valério pede transferência e alega que é caro para a família vir visitá-lo

Na petição apresentada à Justiça, defesa alega que é oneroso para a família viajar frequentemente a Brasília para visitar o empresário

postado em 26/12/2013 06:08
Na petição apresentada à Justiça, defesa alega que é oneroso para a família viajar frequentemente a Brasília para visitar o empresárioPreso há 40 dias na Papuda, o empresário Marcos Valério, operador do mensalão, condenado a uma pena de 40 anos, 4 meses e 6 dias de prisão, tenta transferência para o Complexo Penitenciário Nelson Hungria, de segurança máxima, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O advogado de Valério, Marcelo Leonardo, protocolou, na segunda feira, no Supremo Tribunal Federal (STF), pedido de transferência do seu cliente.

De acordo com ele, a medida atende um pedido da família porque mãe do empresário é idosa e teria dificuldades de locomoção para visitá-lo, além do alto custo das passagens aéreas para Brasília. Segundo Marcelo Leonardo, Marcos Valério não tem feito queixas sobre as condições da Papuda. O advogado afirmou que, depois de consulta ao sistema prisional mineiro, recebeu a informação de que haveria vaga disponível no Nelson Hungria.

Desde que se separou da ex-mulher Renilda Maria Santiago de Souza, o empresário se mudou para a Fazenda Santa Clara, em Caetanópolis, distante 100km de Belo Horizonte, na tentativa de cumprir pena no presídio Promotor José Costa, em Sete Lagoas, que, em tese, é mais tranquilo que a Nelson Hungria. Na legislação em vigor, o preso pode pedir à Justiça o cumprimento da pena perto de casa e da família.

Mas dificilmente Valério conseguirá no futuro uma transferência para Sete Lagoas. É que o presídio local serve apenas para detentos provisórios. O empresário acabou condenado pelo Supremo por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Além de preso, ele terá de pagar R$ 2,78 milhões em multas. A decisão sobre a transferência para Minas será do presidente do STF, Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão. Não há prazo para resposta ao pedido da defesa.

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