José Rainha, líder do Movimento dos Sem Terra (MST), visitou o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) nesta quarta-feira (8/1). Segundo Rainha, eles trocaram "experiências de cadeia" durante um almoço entre amigos. Os dois se conhecem há mais de 30 anos, desde o início da fundação do Partido dos Trabalhadores.
O líder do MST insiste que Cunha está sofrendo na pele a mesma perseguição que Rainha sofreu, e ofereceu solidariedade ao deputado, que considera inocente.
Enquanto analisava as decisões do STF, José Rainha, que já foi para a prisão por 13 vezes e se considera um preso político, analisa as atitudes de Joaquim Barbosa como injustas e arbitrárias.
Segundo o advogado Fernando da Nóbrega Cunha, o deputado deve se entregar espontaneamente à Polícia Federal quando o mandado de prisão foi expedido. Pessoas próximas a João Paulo dizem que ele está em grande agonia, acompanhando os jornais e assistindo tv, e que deve falar com a imprensa antes de ir preso.
Na segunda-feira (6/1), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, negou os recursos apresentados pelos advogados de defesa de Cunha, e encerrou Ação Penal 470, o processo do mensalão, para João Paulo. A decisão vale para as penas de corrupção e peculato, que somam seis anos e quatro meses e para as quais não cabe mais recurso.
Vírgilio Guimarães, ex-deputado do PT, junto com Paulo Rocha, réu absolvido do mensalão, também visitaram Cunha. Eles não quiseram comentar o encontro, apenas disseram que foram visitar "um amigo, companheiro e um inocente".
Com informações de André Shalders