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Joaquim Barbosa reassume o Supremo e deve definir destino de mensaleiros

Presidente da Corte deve decretar com rapidez a prisão de João Paulo Cunha. Mas ainda falta definir os regimes domiciliares de José Genoino e Roberto Jefferson e a transferência de Marcos Valério

postado em 03/02/2014 07:01
José Genoino deixa a sede do Instituto de Cardiologia, depois de passar por exames no coraçãoDe volta ao comando do Supremo Tribunal Federal (STF) ; que funcionava em esquema de plantão desde 19 de dezembro e retoma os trabalhos hoje ;, o ministro Joaquim Barbosa deve decretar a prisão do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) ainda esta semana, ao mesmo tempo que terá de enfrentar o desconforto de companheiros de toga com declarações dadas por ele durante o recesso. O petista publicou ontem carta aberta ao presidente da Corte, em que classifica o julgamento do mensalão como um desprezo a ;leis, fatos e provas;. Também ontem, o ex-deputado federal José Genoino (PT-SP), em prisão domiciliar, foi levado ao Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, depois de sentir fortes dores no peito.

A troca de farpas entre Barbosa e Cunha começou depois de o presidente da Suprema Corte encerrar o processo em relação ao deputado em 6 de janeiro, na véspera de entrar de férias, mas viajar sem ordenar a prisão. Irritado, Alberto Toron, defensor de Cunha, disse que Barbosa foi dar um ;rolezinho; em Paris e deixou de cumprir seu dever. Barbosa rebateu: ;Um advogado vir a público fazer grosserias preconceituosas contra um membro do Judiciário que julgou seu cliente é prova de um deficit civilizatório;. Depois, foi a vez de Cunha atacá-lo em entrevista, dizendo que ele não tem humanidade. Barbosa respondeu novamente e defendeu que condenados devem ficar no ostracismo.



[SAIBAMAIS]Ontem, Cunha voltou a criticar o presidente do STF. Em carta aberta, publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, ele disse que o Supremo o condenou sem provas. ;Caro ministro (Joaquim Barbosa), o senhor pode muito, mas não tudo. Pode cometer a injustiça de me condenar, mas não pode me amordaçar, pois nem a ditadura militar me calou. O senhor me condenou sem me dirigir uma pergunta;, escreveu.

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