postado em 05/02/2014 07:39
O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) se entregou no começo da noite de ontem no Complexo Penitenciário da Papuda para dar início ao cumprimento da pena de 6 anos e 4 meses de cadeia em regime semiaberto, decorrente da condenação no julgamento do mensalão. A prisão do petista foi decretada no começo da tarde de terça-feira pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. O parlamentar não renunciou ao mandato, diferentemente dos outros três deputados mensaleiros já presos. Antes de se apresentar à Papuda, ele divulgou uma nota, intitulada de carta aberta à sociedade brasileira, na qual classifica o julgamento da Ação Penal 470 de ;show midiático;.[SAIBAMAIS]João Paulo Cunha é o 18; condenado no processo do mensalão a ser preso. Entre os 20 sentenciados à pena de prisão, somente o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) permanecem em liberdade. O primeiro fugiu para a Itália, enquanto o delator do mensalão aguarda uma decisão de Barbosa quanto ao pedido de prisão domiciliar, apresentado em razão de problemas de saúde e necessidade de alimentação especial ; Jefferson foi operado de câncer em 2012.
Críticas
Na carta publicada em uma rede social, João Paulo chamou o mensalão de uma ;farsa; e avisou que buscará provar que é inocente em fóruns jurídicos nacionais e até internacionais, se for necessário. ;O julgamento da Ação Penal 470, muito mais do que um procedimento jurídico, foi um show midiático. Caracterizou-se pela exaustiva espetacularização de uma farsa chamada mensalão;, destacou o deputado. Ele acrescentou que, no processo do mensalão, crimes eleitorais foram tratados na esfera penal e, ainda, que as condenações foram ;abusivas; e ;sem provas;. O deputado disse também não temer um novo julgamento na Câmara, ao observar que já foi absolvido deste caso pelo plenário da Casa e nas urnas.
João Paulo aproveitou para criticar o presidente do Supremo ao mencionar a demora desde a primeira determinação de sua prisão até a detenção efetiva. O petista acusou Joaquim Barbosa de ;buscar faturar politicamente sobre minha prisão duas vezes;. ;Um ministro do SFT deve obrigatoriamente guardar recato, não deve disputar a opinião pública e fazer política a partir de seu cargo. Deve ser isento e imparcial. Ter civilidade e cortesia. Atributos que estão ausentes na postura e na conduta do relator da AP 470.;
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