OsNomesDoMensalao

Foragido da Justiça brasileira, Henrique Pizzolato é preso na Itália

O ex-diretor estava foragido desde novembro. Ele foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão

Jacqueline Saraiva
postado em 05/02/2014 12:56

O ex-diretor teve o passaporte recolhido em 2012, mas conseguiu fugir para a Europa Após uma operação conjunta das polícias brasileira e italiana, o ex-diretor de Marketing e Comunicação do Banco do Brasil foi preso na Itália. A informação foi confirmada no começo da tarde desta quarta-feira (5/2) pela Superintendência da Polícia Federal (PF). Ele foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo da Ação Penal 470, o mensalão, pelos crimes de peculato, formação de quadrilha e corrupção. O Ministério da Justiça por meio do perfil no twitter confirmou a prisão. De acordo com o ministério, a prisão foi feita pela Polícia Federal em parceria da polícia italiana.

Pizzolato foi preso em Maranello, perto da província italiana de Bologna. Segundo a PF, ele é considerado foragido da Justiça desde novembro, quando foram decretadas as primeiras prisões pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. Desde a fuga, o nome do ex-diretor estava na lista de pessoas que não podem sair do país. Ele teve o passaporte recolhido em 2012, mas conseguiu fugir para a Europa, tendo partido, provavelmente, da Argentina.



[SAIBAMAIS]Militante do PT desde a fundação do partido, Pizzolato é responsável pela liberação de R$ 73 milhões da Visanet para a empresa do empresário Marcos Valério, a DNA Propaganda. Ele teria recebido mais de R$ 300 mil em espécie. Após o envolvimento no maior escândalo da política brasileira, ele chegou a antecipar a aposentadoria.

Pizzolato havia confessado a fuga por meio de uma carta ao advogado, na qual alegou que sua saída do país foi uma tentativa de conseguir um novo julgamento na Itália, valendo-se da dupla cidadania. Poucos dias depois divulgou um vídeo na internet, gravado durante um encontro do PT, onde reafirmou sua inocência e disse que as provas que o absolviam não foram sequer consideradas pela Justiça.

Deputado se entrega

Nessa terça-feira (4/2), o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) se entregou no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Ele teve a prisão decretada poucas horas antes pelo presidente do Supremo. O parlamentar foi condenado a 9 anos e 4 meses de cadeia em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Ele cumprirá, no entanto, pena inicial de 6 anos e 4 meses em regime semiaberto pelos dois primeiros crimes. O deputado ainda terá direito a novo julgamento por lavagem de dinheiro.

Com informações de Renata Mariz e Paulo de Tarso Lyra

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação