OsNomesDoMensalao

Pizzolato é preso com passaporte falso em nome do irmão na Itália

O ex-diretor do banco foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão pelos crimes de peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro

postado em 05/02/2014 15:43

O documento estava com o nome do irmão do foragido da Justiça brasileira, Celso Pizzolato

O ex-diretor de Marketing e Comunicação do Banco do Brasil Henrique Pizzolato no início da tarde desta quarta-feira (5/2). A prisão do condenado no processo da Ação Penal 470, o mensalão, foi resultado de uma operação conjunta das polícias brasileira, argentina e italiana que durou dois meses. Pizzolato foi encontrado em um apartamento com a mulher em Maranello, a 322km de Roma. Com ele foi encontrado aproximadamente 15 mil euros.

[SAIBAMAIS]O ex-executivo teria saído do país em 10 de setembro de 2013, dois meses antes da expedição do mandado de prisão. "Ele (Henrique Pizzolato) foi de Santa Catarina, pela cidade de Dionísio Cerqueira, para Argentina. Após entrar pela fronteira, seguiu para Buenos Aires. Lá tem o registro da saída para Barcelona", disse o diretor executivo da Polícia Federal, Rogério Galloro, em entrevista coletiva realizada na tarde de hoje. Pizzolato pegou um avião na capital argentina para a Espanha, onde chegou no dia 13, para depois seguir para a Itália.

O Ministério da Justiça, José Cardozo, confirmou que o país irá pedir a extradição do condenado à Itália. Pizzolato estava com um passaporte falso em nome do irmão Celso Pizzolato, que morreu em um acidente de carro há 36 anos em Foz do Iguaçu (PR). A falta de compatibilidade das digitais no aeroporto de Buenos Aires e um carro adquirido pela esposa do mensaleiro foi o que levou os investigadores até o local onde o ex-executivo se escondia.

Além de identidade e título de eleitor falsos feitos em 2007, Pizzolato tirou dois passaportes com o nome do irmão Celso Pizzolato. "Ele tirou dois passaportes com o nome do irmão que morreu em 1978. Um documento no Brasil, em 2008, e outro, com os mesmos dados, em 2010, na Italia", explicou Galloro.

Pizzolato está sendo interrogado na Itália por agentes do Brasil que acompanham as investigações. A polícia informou também que a participação criminosa de terceiros na fuga está sendo investigada. Se for comprovado que houve ajuda da esposa e de amigos eles responderão por facilitação de fuga. Roberto Donati, oficial de ligação da polícia italiana no Brasil disse que o papel da polícia italiana foi prendê-lo, agora o resto é com a Justiça.

O ex-diretor do banco foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão pelos crimes de peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação