Mesmo diante da possibilidade de prisão na Itália, a deputada ítalo-brasileira Renata Bueno, que representa a América do Sul na Câmara dos Deputados daquele país, defendeu nesta quarta-feira (5/2) o pedido de extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato pelo governo brasileiro. Pizzolato que era o único dos condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, que estava foragido desde a decretação das primeiras prisões, em novembro passado.
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Ele foi preso com passaporte falso na cidade de Maranello, região norte da Itália. Em nota divulgada pelo PPS, partido ao qual Renata Bueno é filiada no Brasil, a deputada reconheceu que a decisão sobre a extradição provocará um impasse entre os dois países, já que Pizzolato também responderá na Justiça italiana pelo uso de documento falso. Renata ressaltou que o fato de o ex-diretor do Banco do Brasil ter dupla cidadania não pode abrir brechas para que ele seja beneficiado em relação à condenação.
[SAIBAMAIS]Pizzolato fugiu para a Itália no final do ano passado e teve o nome incluído na lista de procurados pela Interpol, a polícia internacional, em mais de 190 países. Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 12 anos e sete meses de prisão, pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato e formação de quadrilha.