postado em 06/02/2014 15:01
A polícia italiana disse, nesta quinta-feira (6/2), que existem brechas legais para extraditar o ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, para o Brasil. Pizzolato foi preso na Itália nessa quarta-feira (5/2) a pedidos da polícia brasileira e da Interpol. Ele foi condenado pela justiça brasileira por envolvimento no caso conhecido mensalão.
[SAIBAMAIS]É a primeira vez que autoridades italianas admitiram a possibilidade de extradição. Um procurador de Bolonha vai avaliar o caso a partir do momento em que o governo brasileiro encaminhar a solicitação de extradição. O pedido precisa ser feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Com a prisão do ex-diretor, o governo brasileiro tem o prazo de 40 dias para encaminhar à Itália um pedido oficial para a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil.
Na tarde de ontem, o ministério da Justiça confirmou que o país irá pedir a extradição do condenado à Itália. Pizzolato estava com um passaporte falso em nome do irmão Celso Pizzolato, que morreu em um acidente de carro há 36 anos em Foz do Iguaçu (PR). A falta de compatibilidade das digitais no aeroporto de Buenos Aires e um carro adquirido pela esposa do mensaleiro foi o que levou os investigadores até o local onde o ex-executivo se escondia.
A polícia informou ainda que a participação criminosa de terceiros na fuga está sendo investigada. Se for comprovado que houve ajuda da esposa e de amigos eles responderão por facilitação de fuga. Roberto Donati, oficial de ligação da polícia italiana no Brasil disse que o papel da polícia italiana foi prendê-lo, agora o resto é com a Justiça.
Henrique Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão pelos crimes de peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.