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Últimos recursos de condenados do mensalão começam a ser analisados hoje

Dirceu, Genoino e Delúbio estão entre os réus que esperam ter as punições atenuadas

postado em 20/02/2014 07:48
O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia hoje a última etapa do julgamento do mensalão, que resultou na condenação de 25 réus, dos quais 18 se encontram presos. A tendência é de que aqueles condenados por formação de quadrilha, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, sejam absolvidos nesta nova fase do processo. O petista, por exemplo, aposta todas as fichas na absolvição, pois, caso tenha a pena mantida, ele passará do regime semiaberto para o fechado e perderá o direito a benefícios, como trabalhar fora da cadeia.

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[SAIBAMAIS]Os chamados embargos infringentes, que serão julgados a partir desta quinta, são recursos cabíveis aos sentenciados que receberam votos pela absolvição de ao menos quatro ministros. Na pauta da sessão de hoje, estão os embargos de seis réus: o ex-ministro José Dirceu, o ex-deputado José Genoino (PT-SP), o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-assessor parlamentar João Cláudio Genu e os ex-dirigentes do Banco Rural Kátia Rabello e José Roberto Salgado. Outros seis condenados por quadrilha ou lavagem de dinheiro também têm direito a novo julgamento, mas ainda não tiveram os recursos incluídos na pauta do STF.



O Supremo não divulgou a ordem em que os réus da Ação Penal 470 serão julgados. A expectativa, no entanto, é de que o advogado de cada condenado tenha 15 minutos para sustentar a defesa do respectivo cliente. Ministros ouvidos pelo Correio consideram que esta nova fase do mensalão não será demorada, mas acreditam que o julgamento se estenderá por mais algumas sessões, uma vez que um total de 12 réus têm direito aos infringentes.

Advogado de Dirceu, o criminalista José Luis Oliveira Lima avalia que não há motivo para demora no julgamento do petista, que cumpre pena desde novembro no Complexo Penitenciário da Papuda. ;Deve ser um julgamento mais objetivo. Teoricamente, todos os advogados falam depois de o relator (Luiz Fux) ler o relatório. Cada um terá 15 minutos;, destacou Lima.

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