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Após denúncia de regalias, governador Agnelo visita Dirceu na prisão

O mensaleiro também já recebeu visitas de advogado e até do chefe da Defensoria Pública da União. Todos os encontros ocorreram fora do horário

postado em 01/03/2014 09:10
O mensaleiro também já recebeu visitas de advogado e até do chefe da Defensoria Pública da União. Todos os encontros ocorreram fora do horárioO governador Agnelo Queiroz (PT) esteve no Complexo Penitenciário da Papuda, no último dia 20, onde se encontrou com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que cumpre prisão decorrente da condenação no julgamento do mensalão. Uma matéria publicada na revista Veja mostra que a visita não foi divulgada na agenda oficial do governador.

O GDF confirmou que o encontro com Dirceu ocorreu, mas alega que foi ;casual;. Destaca ainda que Agnelo aproveitou uma inauguração, próxima a Papuda, para fazer uma inspeção no local. ;Durante a visita, encontrou-se com o ex-ministro e ex-deputado federal José Dirceu. Eles trataram de assuntos pessoais e o ex-ministro manifestou sua expectativa em relação ao julgamento de recurso junto do STF;, destacou o GDF, em nota.



Fugindo a regra

Em desrespeito às regras da Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu conseguiu receber visitas de um amigo no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, fora do horário permitido. Usando o argumento de ser advogado, Pedro Paulo Guerra de Medeiros relatou ao Correio que esteve ;várias vezes; na prisão para conversar com o condenado mais célebre do processo do mensalão. Medeiros, no entanto, não faz parte da equipe que defende o petista. De acordo com a VEP, apenas defensores oficiais de detentos têm trânsito livre nas unidades prisionais.

Outra visita indevida foi a do chefe da Defensoria Pública da União (DPU) de Categoria Especial, Heverton Gisclan Neves da Silva. Ele esteve com Dirceu em janeiro, fora do horário de visitas. A VEP alega que seria necessária uma autorização da Justiça para que o encontro pudesse ocorrer. Silva alega que foi à cadeia para pegar informações sobre o processo do mensalão, em virtude de uma palestra que dará em 29 de maio em Feira de Santana (BA), cujo tema é a Ação Penal 470.

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