postado em 03/03/2014 07:10
Único dos condenados do mensalão detidos em Brasília no regime semiaberto que ainda não obteve autorização para trabalhar for a da cadeia, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu pode ter que esperar ainda mais para saber se terá direito ao benefício. Além do prazo de ao menos mais uma semana até a audiência marcada para o próximo dia 11, ocasião em que o petista terá de dar explicações sobre o suposto uso de telefone celular dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, ele corre o risco de ser investigado novamente, devido a visitas irregulares recebidas no presídio.
Inicialmente marcado para a semana passada, o depoimento de Dirceu, por meio de videoconferência, acabou desmarcado devido a problemas no equipamento da Papuda. A Justiça, então, remarcou a data. A VEP só tomará uma decisão final depois da audiência. A Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) já arquivou duas sindicâncias que apuraram o caso, por constatar que o petista não teria falado ao telefone. Enquanto a apuração da VEP não for concluída, Dirceu ficará impedido de obter benefícios externos. Ele aguarda uma definição quanto ao pedido para trabalhar no escritório do advogado José Gerardo Grossi, no Setor Bancário Sul, onde terá como principal tarefa cuidar da biblioteca. O salário oferecido é de R$ 2,1 mil.
Condenado a 7 anos e 11 meses de cadeia por corrupção ativa, o ex-ministro está preso desde 15 de novembro. Na semana passada, durante análise de recurso, foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da acusação de formação de quadrilha. Se autorizado a trabalhar, ele será transferido para o Centro de Progressão Penitenciária (CPP).
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