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Cidade gaúcha é referência na coleta seletiva de lixo

postado em 30/10/2012 17:42
A cidade gaucha de Caxias do Sul, de 450 mil habitantes, tornou-se referência em termos de sustentabilidade. Das 450t de lixo produzidas diariamente pela população, 90t são de resíduo seletivo. A coleta urbana é realizada de forma manual e mecanizada quatro vezes ao dia, além de contar com programas especiais de educação ambiental que estimulam a separação e destinação correta dos dejetos.

O sistema mecanizado, implantado em 2007, emprega dois caminhões por rota na coleta de lixo orgânico. O primeiro recolhe os dejetos. O segundo lava o reservatório, de cor verde, para recolocá-lo na rua. Com isso, diminui-se a emissão de maus cheiros. Cada uma das 1340 quadras atendida pelo sistema mantêm um outro container, de cor amarela, para produtos recicláveis, que são entregues gratuitamente às associações de recicladores de Caxias do Sul.

O lixo orgânico recebe tratamento dentro dos padrões ambientais desde a década de 1990. As cerca de 360 toneladas de lixo orgânico recolhidas diariamente são encaminhadas à Central de Tratamento de Resíduos (CTR), preparada para garantir proteção ambiental de acordo com as exigências dos órgãos licenciadores. Possui camadas de argila compactada e membranas de polietileno de alta densidade (Pead) que evitam qualquer tipo de contaminação do solo. A previsão de sua vida útil é de 50 anos.

O sistema é administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Caxias (Codeca), de economia mista. A coleta mecanizada trouxe uma série de benefícios à população. Com o sistema, os moradores podem descartar o lixo a qualquer hora do dia ou da noite, sem se preocupar com o horário da coleta. Além disso, com o confinamento dos resíduos em contêineres, a cidade ficou mais limpa, reduzindo problemas com lixo espalhado nas ruas e com alagamentos na cidade, provocados pelo entupimento de bueiros e bocas de lobo, mau cheiro e evita a ação de animais e proliferação de insetos.

O lixo seletivo é encaminhado para galpões onde é processado por 150 recicladores legais e por integrantes de cooperativas sociais. Segundo o encarregado do setor na Codeca, Douglas Leal, os catadores legais, que antes trabalhavam de forma independente, recebem entre R$ 1 mil e R$ 1.500 mensalmente. Os integrantes das organizações possuem um rendimento que varia de R$ 800 a R$ 1 mil.

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