postado em 11/05/2012 13:41
Rio de Janeiro - Os modelos de desenvolvimento aplicados no mundo inteiro perderam a capacidade de responder aos novos desafios e estão gerando crises que afetam os três pilares do desenvolvimento sustentável ; ambiental, social e econômico. A avaliação é do secretário-executivo da Comissão Nacional para a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio%2b20), embaixador Luiz Alberto Figueiredo.Para Figueiredo, a conferência, que terá início daqui a um mês, no Rio de Janeiro, é a oportunidade de os países lançarem um olhar para os próximos 20 anos e mudarem os modelos atuais. ;Há crise nos três pilares do desenvolvimento sustentável e não é à toa. Algo não está sendo feito de maneira correta. Se continuamos fazendo o tempo todo a mesma coisa, nada muda. Ou se perpetua ou se agrava a situação. A Rio%2b20 é fundamental para sabermos como fazer certo para responder a essas crises;, afirmou, ao participar nesta sexta-feira (11/5), no Rio de Janeiro, de debate com profissionais da mídia sobre o evento.
Figueiredo ressaltou que essa mudança precisa envolver novos padrões de produção e consumo, capazes de integrar as dimensões social, ambiental e econômica. ;Não há possibilidade de desenvolvimento sustentável com fome, com estagnação da economia ou destruição ambiental. As três áreas têm que estar juntas;, disse.
O embaixador destacou que as decisões de implementar mudanças precisam envolver não apenas os governos presentes à conferência, mas a sociedade como um todo, incluindo as famílias e as empresas do setor privado que, segundo ele, têm papel fundamental nesse processo.
Ele lembrou que eventos como a Rio%2b20 ocorrem ;na melhor das hipóteses; uma vez a cada dez anos e enfatizou a urgência das mudanças. ;Não podemos deixar essa oportunidade passar. Esta é a hora de decidirmos realmente o futuro que queremos;, destacou.