O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) decidiu aproveitar a conferência internacional sobre meio ambiente que se reúne neste mês no Rio de Janeiro, a Rio %2b 20, para chamar a atenção para a ausência de um marco legal para proteger e assistir milhares de pessoas forçadas a se deslocar de onde vivem por causa de enchentes, secas e outras catástrofes naturais. O relatório do Acnur sobre a situação mundial dos refugiados, lançado ontem em Nova York, dedica um capítulo especial ao tema e o alto comissário António Guterres virá ao país para levar a discussão aos chefes de Estado e governo e outras autoridades que assistirão ao encontro.
O informe dá uma ideia da dimensão do problema nas próximas décadas, a começar pela dificuldade de fazer previsões. As estimativas sobre o número de pessoas que terão de deixar suas casas ou mesmo seus países por razões ambientais, até 2050, variam de 25 milhões a até 1 bilhão. E, ao contrário dos que se deslocam para escapar de conflitos armados ou perseguições, esses ;fugitivos do clima; nem sequer podem ser chamados de refugiados: como alerta o texto, essa situação não está coberta pelas leis internacionais sobre o refúgio.
Escute a entrevista com Andrés Ramirez, representante do Acnur no Brasi:
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