Rio mais 20

Conferência espera comprometimento dos governos com energia sustentável

postado em 13/06/2012 08:50
O comprometimento dos governos e da sociedade com a eficiência energética e os investimentos em energia sustentável estão entre os resultado mais esperados da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio%2b20. O evento, que começa nesta quarta-feira (13/6) no Rio de Janeiro e segue até o dia 22, deve atingir objetivos que servirão de norte para que os países migrem em direção a um novo modelode desenvolvimento, baseado tanto na dimensão econômica, quanto na social e ambiental.



A adoção desse modelo de desenvolvimento sustentável foi sinalizada, em 1992, quando vários países se comprometeram a reverter o processo de degradação ambiental que já estava estabelecido como ameaça, durante a 2; Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92). O padrão incluia a revisão de vários setores econômicos.

[SAIBAMAIS]Apesar disso, ainda hoje, 20 anos depois da Rio92, números divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que uma em cada cinco pessoas no planeta ainda não tem acesso à eletricidade - ou seja, 1,3 bilhão de pessoas. Projeções do Departamento de Informações da ONU apontam que se o investimento global em infraestrutura energética aumentar 3%, é possível garantir que todos tenham acesso à energia. O que se espera com a Rio%2b20 é que os governos de todos os países invistam mais em energias limpas.

Em 2011, os investimentos nesse tipo de energia, desconsiderando os gastos em pesquisa e desenvolvimento, foram 600% maiores do que em 2004. Especialistas garantem que a energia limpa, como a gerada por usinas solares, é acessível, barata e mais eficiente. Exemplos mostrados pela própria ONU garantem que a melhoria dos resultados é viável. Em Botsuana, país da África Austral, as usinas de energia solar substituiram a madeira que era usada por 80% da população rural para iluminação e geração de energia.

Na Tunísia, o desenvolvimento de energia renovável para a redução da dependência energética do petróleo e gás significou uma economia de US$ 1,1 bilhão entre 2005 e 2008. A expectativa é que essa economia chegue a 22% em 2016, com a redução de 1,3 milhão de toneladas por ano na emissão de dióxido de carbono.

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