postado em 15/06/2012 09:06
Rio de Janeiro ; Durante dez dias, o Rio de Janeiro será um pequeno mundo à parte, no qual há estrangeiros vestidos com seus trajes típicos, falando os mais diferentes idiomas e mantendo seus hábitos culturais. É a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio%2b20. Só para a cobertura de imprensa, 3 mil jornalistas estão credenciados para o evento. No pavilhão da alimentação no Riocentro, local destinado às discussões políticas, os estrangeiros se reúnem e elogiam a forma como são tratados pelos brasileiros.A delegação do Sri Lanka, com 13 pessoas, costuma se reunir na hora das refeições. Segundo os jornalistas, é uma maneira para manter os assuntos em dia e trocar impressões. Nilanthi Sugathadasa, do Sri Lanka, disse estar otimista em relação às negociações na Rio%2b20. Também elogiou as belezas naturais do Rio. ;A cidade é linda e estão nos dando um ótimo suporte. Está muito bom;, disse ela.
[SAIBAMAIS]O norte-americano Peter Haztewood lembrou que as negociações ainda estão ;só no começo;, mas que é possível manter o otimismo sobre os avanços que serão alcançados. Segundo ele, o ponto alto dos debates se refere à economia verde. Ao ser perguntado sobre as impressões a respeito do Brasil e do Rio de Janeiro, o norte-americano abriu um sorriso e disse: ;Eu amo o Rio. Eu amo o Brasil;.
O jornalista de Fiji (na Oceania) Alfred Ralifo disse que no caso do seu país o debate mais importante se refere à preservação dos oceanos e da proteção da biodiversidade em alto-mar. Segundo ele, sua expectativa é que o tema tenha destaque no documento final, a ser firmado pelos chefes de Estado e de Governo, no dia 22. Modernamente vestido e articulado, Ralifo foi categórico ao falar do Brasil e do Rio. ;É lindo. Amo o Rio e amo o Brasil;, disse ele.
As africanas de Gana Sabina Meusah e Nana-Fofu Randall disseram ter uma impressão positiva sobre o Brasil a partir da recepção no aeroporto, quando ouviram samba e bossa nova. Ambas lembraram que as negociações na Rio%2b20 estão apenas no começo, mas que esperam avanços principalmente para os países da África. ;Agora temos voz. Aqui somos ouvidos;, disse Meusah. ;Para mim, o mais importante é a inclusão social, a preocupação com o futuro das crianças;, acrescentou Randall.