Rio mais 20

Participantes da Cúpula dos Povos dão exemplo aos chefes de Estado

Enviado Especial
postado em 18/06/2012 07:40
Índio mostra à militar da Força Nacional como se usa um arco e flecha. Diversidade é a máxima na Cúpula

Rio de Janeiro ; Índios, europeus, gays, famílias inteiras. Ativistas de toda sorte e nacionalidade invadiram o Aterro do Flamengo, parque entre a Zona Sul e o Centro do Rio, para participar, cada um à sua maneira, da Cúpula dos Povos. O braço da sociedade civil da Rio%2b20 não interferirá em nada nas negociações da conferência e também não é exatamente um evento, mas uma ocupação, com tendas e pessoas espalhadas pela grama e ciclovia, manifestando uma miscelânea de anseios e reivindicações.



Ao longo do dia, palestras, debates e apresentações acontecem no espaço aberto ao público. Ontem, o clima foi de domingo no parque, com engajados e curiosos lotando o Aterro. Uma dupla de freiras venezuelanas da Congregação das Missionárias Lauritas observava um grupo de mulheres negras dançando música africana. Não arriscaram palmas, tinham que, mesmo no momento de descontração, permanecerem atentas aos índios Xavante, de Mato Grosso do Sul. ;Estamos aqui para dar suporte aos índios, que querem ser ouvidos. Vivemos com eles, prestando assistência em educação, saúde, bem-estar social. Para nós, está sendo muito interessante ver tanta gente com interesses diferentes;, contou a irmã Marbelis Monroi, 27 anos. Na tribo, dos 283 índios, cerca de 50 deles já são católicos.

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